Para começar: Melhores Crônicas de Cidinha da Silva – vol. 02

Descrição

Segundo livro da “Série Melhores Crônicas de Cidinha da Silva”, este volume destaca crônicas próximas ao universo de crianças e adolescentes e outros em que pessoas dessas faixas etárias são protagonistas. São textos que pretendem despertar o gosto pela leitura. “A literatura só se sustenta no tempo quando é bem escrita. E isso Cidinha da Silva demonstra com larga segurança. As crônicas contidas neste volume revelam a maturidade da autora, tanto na escolha estética, quanto na forma de abordar temas difíceis, sem, com isso, cair em clichês. Caso do texto “A menina linda”, em que uma professora se depara com o racismo na sala de aula, ou ainda, quando propõe um passeio afetivo e memorialístico através das histórias em quadrinhos na infância, em “Histórias da vó Dita”.

Os textos de Cidinha da Silva são fruto de uma observação apurada, porque a autora tem consciência de que a crônica não traz à tona os grandes fatos, mas, pelo contrário, traz o comezinho, a miudeza e o fugaz. Elementos esses que constroem o cotidiano. Portanto, ao mesmo tempo em que sua escrita coloca o leitor diante da avó, a “doutora” da família, e nos mostra a sabedoria dos mais velhos, temos também a presença de histórias de cumplicidade e delicadeza como, por exemplo, no texto “Uma historinha de São João”, ou ainda quando ao esquadrinhar a cidade de Porto Alegre, sob a perspectiva de lavadeiras, faz emergir os hábitos e costumes de uma época.

A verdade é que Cidinha é uma contadora de histórias bastante sofisticada, porque para além de temas sociais característicos em suas obras, ela nos proporciona uma experiência estética de qualidade que poucos autores conseguem nos dias atuais em se tratando de crônica, pois, nada aqui soa como algo datado e passível de ser tornar obsoleto. Desse modo, nasce uma galeria de personagens muito peculiares e o resultado é uma prosa que revela nossa humanidade, nossa relação com o outro e, principalmente, a relação com a vida de nós próprios.” (Jeferson Tenório, escritor).